domingo, 30 de dezembro de 2007

A quem não sabe que pode sonhar


Bem, tinha de desejar um bom ano de 2008.

Vamos à maneira usual:

Um bom ano de 2008 e que todos os teus sonhos se concretizem.


Vamos à maneira deste blog:

Um bom ano de 2008 e que possas contribuir para que todos os sonhos se tornem realidade:

- Os sonhos dos Sem Abrigos
- Os sonhos das crianças sem Pais
- Os sonhos dos pobres
- Os sonhos dos injustiçados (eu... eu... eu...)
- Os sonhos dos ricos (sim, esses também sonham...)

Mas acima de tudo,

Os Sonhos de quem não tem sonhos.

Por isso, este fim de ano quero desejar a quem não deseja; a quem não sonha; a quem não sabe que pode sonhar;

Os desejos de um ano inesquecível. Acreditem e tenham fé. A partir desse momento, tudo é possível.

Pensem positivamente. É esse o segredo, e é tão simples, não é?

domingo, 16 de dezembro de 2007

Quem são os amigos e quem são os conhecidos?


Porque deixamos de falar com os amigos?

Alguém sabe dizer?

Há os amigos, os conhecidos, os que bebem umas cervejas, os que estão lá para nos apoiar, os que estão lá para o que der e vier e os que estão lá "politicamente".

Estes ultimos são do tipo: - "Sim, podes contar comigo!" "És amigo do peito!" E depois quando "É REALMENTE PRECISO - Amanhã já lá vou ver isso".

Porque deixamos de falar com os amigos?

Vá lá! Parem agora 5 minutinhos a pensar em amigos que agora vocês agora já não ligam a minima!

Não se sintam mal. A vida é mesmo assim. Agora estamos com estes, e depois estamos noutro lado.

Isso não quer dizer que os vossos amigos o deixem de ser. Quer apenas dizer que a vida muda e que as emoções se alteram.

A vida está sempre a mudar tudo. Ou ainda não tinham dado por isso?

sábado, 15 de dezembro de 2007

O Natal ao contrário


Estamos quase no Natal e o drama é sempre o mesmo: O que dar a este; o que dar a esta? Dou algo caro? Dou algo barato? Dou livros ou dou brinquedos?...

Nesta altura do ano, no meio de tantas compras, nunca vos aconteceu parar um bocado para pensar: Mas, o que é que eu estou a fazer? Será que interssa o valor da prenda? Será que interessa se é roupa ou brinquedo? Será que tenho de dar uma prenda a esta pessoa?

É Natal, não é? Estes assuntos não deveriam fazer diferença. A diferença. O que interessa é a compaixão, o amor ao próximo.

Pronto, está bem. Isso é tudo muito bonito, mas não vou chegar junto da minha familia, na véspera de Natal e dizer: Hum, as minhas prendas deste ano são guardanapos para todos, pois não quero fazer distinções entre ninguém...

Pois. Sinceramente... acho que não resultava.

Mas, então porque não fazer o Natal ao contrário?

Em vez de recebermos prendas, vamos dar amor, atenção.

Em vez de darmos prendas, vamos dar atitude, entrega ao próximo, vamos dar amor.

Porque não? É simples, barato, não necessita papel de embrulho e, garanto-vos que as pessoas a quem vocês chegarem este Natal irão gostar e apreciar muito mais.

Por isso, vamos fazer um Natal ao contrário: Beijos, abraços, amor, carinho, compaixão.

Hum... Pois... Isto tudo é muito lindo, mas parece apenas conversa. E apenas isso... conversa.

Então, cabe-nos a nós que isto seja mais, um pouco mais.

Conheces alguém que precise de roupa, de uns sapatos? Um Lar, uma Instituição? Vai até lá e dá. Só isso - DÁ! Não custa nada.

Um brinquedo que já não é usado, uma bicicleta cor de rosa que não usamos. Porque ficar no sótão quando uma criança de um Lar a pode usar e apreciar?

Se os nosso filhos não dão valor a algumas coisas, porque felizmente não lhes falta nada em casa, ofereçam a alguém que lhes dê valor.

Vá lá pessoal! Vamos fazer o Natal ao contrário!

E ainda não compreenderam?

Quando forem dar uma bicicleta a uma menina carenciada e tiverem o privilégio de ver aquele brilhozinho nos olhos dela, lembrem-se que não deram uma prenda, mas que receberam uma grande dádiva.

Não se esqueçam, vamos fazer um Natal ao contrário.

Feliz Natal!

sábado, 8 de dezembro de 2007

Uns caminham mais devagar que outros


Às vezes não sabemos a sorte que temos.

É costume dizer-se que só damos valor ao que perdemos. Mas, como se dá valor ao que nunca tivemos?

A vida às vezes prega-nos partidas. E se conseguirmos aprender com elas, viveremos muito mais felizes.

Isto hoje vem a propósito das crianças desfavorecidas que habitam nas Instituições de Solidariedade Social.

Não, não é por ser Natal; não é por estarmos a entrar numa época em que se fala muito de compaixão e amor ao próprio mas faz-se muito pouco.

Tive o privilégio de organizar actividades desportivas e de lazer para duas dessas instituições. Tal só foi possível por uma grande empresa do panorama nacional ter decidido apadrinhar essas instituições e ao abrigo da Lei do Mecenato (penso eu) proporcionar melhorias nas vidas destas pessoas.

Pessoas dos 3 aos 25 anos. Crianças e jovens com percursos de vida tão tortuosos que, com metade da minha idade já viveram o dobro, pois o tempo não perdoa.

Olhar nos olhos destas crianças e nalgumas delas e não ver esperança é muito doloroso.

Dói olhar para estes jovens e notar que desistiram da vida. Vivem por viver, empurrados de "lar" em "lar", resgatados pela Segurança Social em situações próprias do Darfour e não de um pequeno país de brandos costumes à beira mar plantado.

No final da actividade as lágrimas vinham-me aos olhos ao ver a satisfação destas crianças. Havia agora esperança no olhar. Estavam felizes com um dia, no qual ninguém lhes batia, ninguém lhes gritava, ninguém lhes chamava nomes feios. Um dia em que faziam aquilo que era suposto fazerem todos os dias - brincar, rir, sonhar.

Ao final do dia, fazendo o balanço, achei que a actividade tinha corrido muito bem. Bem organizada em segurança e qualidade.

Mas, se tinha corrido tão bem, porque é que eu continuava com aquele aperto no coração, que me esmagava e oprimia?

Para um pai é fácil compreender. Ao ver aquelas crianças, algumas delas com a idade dos nossos filhos, não é possível separar as emoções e não vermos a cara dos nossos filhos estampadas naqueles rostos.

Fui para casa dar muitos beijos, abraços e mimos à minha filha. Olhava para ela e pensava se ela saberia dar valor ao amor que tem à sua volta. Por agora, talvez esteja mais interessada em poder mexer nos seus brinquedos.

É que para os outros meninos, o dia chegou ao fim. O sonho desvaneceu-se e amanhã é o voltar ao quotidiano.

Só espero que agora, com um pouco mais de esperança no olhar.

Muito obrigado DANONE!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Amigos? Quais Amigos? Onde é que andam eles?


Não, não estou a pensar em suicidar-me, mas porra...
quando iniciei este blog não estava á espera que colocassem aqui mensagens a toda a hora (até porque nem seque tenho tempo para isso).

Mas há um mínimo.... Nem uma !??!?!?!

Pronto, é um blog diferente, e todos os amigos para quem enviei um email a dar conta deste nascimento devem ter pensado - Hum! Não vou expor a minha mensagem perante a blogosfera e vou enviar um email pessoal a este meu amigo a dar força neste projecto.

E quantas mensagens???

Uma. 1. Uno. One.

Pronto, é a vida.

Tu, 1, és o one (ou especial One - piada futebolistica, enfim).

Um grande abraço para ti, ÚNICO feedback dos meus pensamentos (realmente não devem valer muito...).

Mas como eu não vejo telenovelas nem os reality shows da TVI... (se calhar é por isso).

Ou não.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Os Blogs às vezes são engraçados


Umas vezes são engraçados outras vezes são engraçadinhos.

É impressionante a quantidade de lixo que existe na internet. Bom, se calhar podem achar o mesmo deste espaço.

Isto vem a propósito de alguns blogs que habitualmente visito. E perguntam-me vocês: Se achas que é lixo, porque lá vais?

E perguntam muito bem.

Porque muitas vezes, para ter novidades de algo, existem poucas opções. E aparecem mais a destruir do que a construir, não acham?

Já viram bem a quantidade de blogs de maldizer? Falam mal disto e daquilo. Aquele é que tem a culpa. O outro é que fez mal.

E pronto, lá conseguiram agora que fosse eu a dizer mal... deles.

Nop, não me enganei na data, não


Já houve quem me dissesse que eu me tinha enganado e escolhido uma cor para a data muito parecida com a do fundo e que por isso quase que não se vê.

Não foi engano.

Como já se aperceberam este Blog não tem intenção de seguir a orientação tipo diário, o que fiz ou que vou fazer.

O que fiz, está feito, não posso alterar. Quanto ao futuro, se nem eu faço a mínima ideia...

Gostava que este fosse um local de reflexão. Nada de acusar ninguém, publicitar o que quer que seja. Sei lá, um local para pensar. Porque não?

Assim, convido-vos a todos, conhecidos e desconhecidos a pararem um pouco as vossas atarefadas vidas e pensarem.

Não interessa o resultado do futebol nem as conversas da Tertúlia Cor de Rosa.

Interessa apenas reflectir e partilhar.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O Caminho faz-se caminhando


Que frase tão simples e tão complexa, não acham?

À primeira vista parece estupidamente simples, do tipo "Dahhh".

Mas se pensarmos mais um pouco, não é assim tão simples.

Em 2004 fiz pela primeira vez o Caminho de Santiago a pé (um dia farei um blog acerca dessa viagem). Depois de 18 dias a caminhar, quando cheguei a Compostela é que me apercebi. Não interessa chegar depressa, chegar primeiro. Ao fim ao cabo, o mais importante não é a chegada mas sim o tempo passado a caminhar.

Sozinho, ajoelhado na "La Plaza del Obradoiro", olhando para o marco dos 0 Km's é que senti que o importante não era ter chegado ali, mas tudo o que tinha vivido no Caminho.

E essa viagem, essas experiências, esse encontro com o meu "Eu Interior" é que fez valer a viagem.

Depois foi só tentar transferir estas ideias para a vida do quotidiano.

Há quem diga que é bom termos objectivos na vida. Queremos atingir algo. Definir metas. Ok. Aceito.

Mas temos é de, no Caminho até atingirmos esses objectivos sermos muito simplesmente... Felizes.

Porque se formos felizes no Caminho da Vida, de certeza que atingiremos os nossos objectivos. Mais euro, menos euro; na chegada, vamos perceber que isso é o menos importante. As contas finais fazem-se de acordo com as pessoas à nossa volta; família, amigos. Sem eles, meus caros, não somos ninguém.

As minhas memórias do Caminho não estão em Santiago de Compostela, mas sim nas povoações e privações por que passei nesses inesquecíveis 18 dias. Em Compostela apenas cheguei. Nos outros dias vivi.